terça-feira, 31 de maio de 2011

A missão ...

Levantei me cerca das 7.00 am, tomei um banho e fui ver o que se passava no buffet do hotel new anngkorland. 
No ultimo piso do hotel estavam apenas dois hospedes alem de mim, a oferta de comida era substancialmente maior que o hotel de Hanoi, mas também não era preciso muito.
Fui buscar o chá com leite do costume, pôs umas tostas da torradeira, procurei um manteiga e doce, havia uns croissants de chocolate relativamente bons, verifiquei as horas e faltavam 10 para as  8:00, hora combinada com o meu guia do tuc tuc.
Fui ao quarto buscar a minha mochila, e segui para o encontro com o meu guia. A entrada do hotel lá estava o belo do tuc tuc parado a minha espera, cumprimentei o senhor com os bons dias, o meu condutor chamava se Zuma.
Saímos do hotel com destino a entrada do complexo de angkor wat, o sol já estava alto e a cidade de Siemp reap já mostrava movimento, as excursões de turistas organizadas, os turistas a pedalar, e os tuc tuc já todos rumavam numa só direcção a entrada do complexo. 
Chegados a entrada,  a cerca de 3 km da cidade, desci me do tuc tuc para fazer a creditacao no complexo, paguei 25 usd, tiram me um foto com uma câmara digital e imprimiram a minha foto num cartao. 
Disseram me que que esse cartão deveria ser apresentado sempre que solicitado pelos colaboradores dentro do complexo.
Avançamos assim para dentro do complexo, o primero ponto e o templo de angkor wat. 
O Zuma parou o tuc tuc em frente ao complexo e disse, aqui é Angkor Wat, vou estacionar o tuc tuc naquela sobras e estarei aqui a sua espera.
Não sendo o templo que procurava, mas considerado a sua importância no contexto, achei indispensável a visita.
O inicio da caminhada é impressionante, o templo esta todo virado para oeste , existe apenas uma entrada, como se de um fosso de um castelo se tratasse.
Estou a falar de algo majestoso, 200 hectares de terreno, com um lago em redor de 1025 x 800 m, o espelho de agua é qualquer coisa de impressionante. 
O complexo esta divido em duas zonas  diferenciadas, um recinto exterior  delimitado pelo muro perimetral, e a plantaforma central sobre a qual se elevam um conjunto de três recintos interiores, que constituem o templo em si.
Cada pedaço de pedra é uma obra de arte, esculpida ate ao ínfimo pormenor, característica da arte indiana aqui conhecidas como arte dos  Khmer.  
As figuras  femininas representando deusas, esculpidas na pedra, segundo os guias locais sao cerca de 1500 em todo o templo, se adicionarmos as apsaras "as dançarinas ", que sao 2000, temos um templo cheio de mulheres.
Entrando no tempo sou supreendido por um macaco a cruzar uma das diversas salas, quando estamos na primeira câmara central do complexo, e olhamos para o lado direito ou esquerdo, ficamos com a sensação de espelho, isto é com se tivéssemos a ver um televisão que tivesse a  dar uma imagem de outras televisão e assim sucessivamente, em forma de túnel, creio que objectivo, conseguido com sucesso, era de dar uma ideia de dimensão indeterminável.  
Ainda meio baralhando, com o que estava a ver apresentou se junto de mi um tipo a convidar me a por uma vela de insenso num bunda numa sala anexa, segui o indivíduo repeti o procedimento mostrado respeito. O tipo auto proclamando solidário com os monges budistas que viviam no templo, mostrou me debaixo de um túnica de cor rosa que cobria a base da imagem Buda, uma nota de 10 usd , como sendo a contribuição para o monges budistas, eu disse lhe  que nem pensar,  senti me enganado, peguei num nota de 1 usd coloquei debaixo da túnica rosa e sai dali para o resto da visita. 
No segundo nível há um relato da batalha de Ramayana, deus macaco hindu uma  dos personagens épicas das historias hindus, uma longa extensão parede exterior, conta essa história, há também na história imagens de deuses que se destiguem da restante pintura dado a crenças que representam  para esta religião, assim é ver crentes a colar a mão na parede onde esta representado a imagem do seu Deus.
 Exitem também ainda vários locais de culto, como não poderia deixar de ser em vários locais, sendo um dos mais importantes, o localizado nas chamadas bibliotecas, segundo  o meu guia.
 A quantidade de estatuas partidas ou sem cabeça e impressionante, segundo os locais o abandono deste templo por um longo período e  dificil fase politica que o cambodja passou, desenvolveu o  comercio ilegal deste tipo de arte, onde as cabeças das estatuas valiam uma fortuna no mercado internacional.
Isto tudo porque no século XIX , um explorador-naturalista voltou a trazer para o mundo toda esta arte escondida na selva.
No pátio central do templo notei que todas a janela tinha 7 balaustres, expecto no compartimento principal onde estaria o culto principal do templo, não consegui, uma explicação lógica para tal, acho que fui o único a reparar.
A subida a local de culto central e um aventura, as escadas de pedra sao de tal maneira inclinadas que de cima para baixo parece não haver escadas. 
O acesso a local e restrito a senhoras com ombros a mostra ou com vestimentas desapropriadas, exsite um controlo do número de pessoas a visitar o local que é efectuado com atribuição de cartões de acesso em forma de colar.
No topo central destes locais foi esculpida na pedra 5 lírios gigantes, 4 em forma de quadrado e um quinto maior que os outros e por cima de galaria pricincipal, onde continua a haver um imagem do Buda e onde e prestado culto, aqui no corredor de acesso as janelas sao compostas pelos tais 6 balaostres.
O templo esta praticamente como foi deixado, apesar de existir obras de restauro de algumas áreas muitas estão quase inalteradas pelo mão do homem, apenas modificadas pelos tempos. 
Perdi algum tempo a tirar fotografias, voltei ao encontro do Zuma.
Fui detectado logo a saida e amigo Zuma já esta de prontidão com um garafa de agua fresquinha e o seu tuc tuc pronto a seguir viagem.
Seguimos para o templo Bayon entrando pela porta Sul do complexo, uma das característica deste templo é em qualquer sítio onde estejamos dentro do templo há sempre uma cara esculpida na pedra a olhar para nos, e de veras impressionante. Existem cerca de 216 caras esculpidas na pedras situadas em 54 torrres goticas, e apenas uma delas representa um cara a sorrir, um dos inigmas deste templo é descobrir essa cara. 
Como os templo estão meio abandonados no meio da selva, os controlos sao feitos a entrada destes templo, não é fácil saber onde esta a cara que esta a sorrir, assim a primeira.
Fui deixado neste templo, com um mapa e o meu amigo Zuma, combinou comigo um local central onde haveria sítios para almoçar, chamado leper king " o problema é que era 3 km do sítio em que estávamos, deu me um mapa e disse me depois de passar por estes templos encontrar este local, eu não posso acompanhar te, por esse caminho, encontramo-nos daqui a 2 horas.
Segui então o mapa e visitei mais 3 templos, o baphuon, o phimeanakas, kleang Sul a norte.
Chegado ao local do almoço já não aguentava ver mais pedras, cheio de fome e cansado já estava deseperado.
Almocei, recuperei as forcas e segui, entratanto rebentou uma chuvada, misturada com diluvio, temi o pior, com tanta agua naquele chão de terra encarnada, praticamente deixou de se ver o chão.
Por planeamento e alguma experiência em climas tropicais, tinha levado a minha capa da chuva dentro da mochila, vestia de seguida, mas isso não foi o suficiente para que a minha mochila não ficasse completamente encharcada.
O meu amigo e condutor do tuc tuc, Zuma, fechou a partes laterais do tuc tuc para eu não apanhar chuva e principalmente para não molhar os estofos de cor purpura do seu veiculo. 
Eu disse llhe que por mi estava tudo bem podíamos continuar, a chuva havia de passar mais tarde ou mais cedo.
Apontamos o azimute para o meu objectivo de o templo Ta Prohm, e seguimos. Chegados ao local a chuva era tanta que tivemos que nos resguardar numa espécie de loja/café/restaurante situado a frente do portão de entrada, pois a agua que corria em forma de ribeira, formava uma lago  junto do portão de entrada, ou seja teria de para entrar teria que molhar os meus pés até ao joelho. 
Esperei 15 minutos, e nem a chuva nem a corrente daquela ribeira recém formada abrandava, mas a vontade de cumprir a missão era maior que a eventualidades naturais. 
Havia junto da entrada uma estrutura em metal que suportava a saída do templo, informando os demais a não transpor por ali, mas a chuva era tanta que não estava lá ninguém para evitar o inevitável. Entrei pela saída e em vez de seguir pela estrada que leva ao templo, agora transformada em ribeira, decidi subir a margem esquerda que era a mais inclinada. Assim que entrei um dos funcionários que controlam as entradas, veio ter comigo a pedir a identificação, mostrei lhe o meu cartão e dizendo, em forma de brincadeira "Nice foto" , ele riu se deixou me passar, a seguir a mim virem outros, seguindo as minhas marcas ate ao templo.
O templo foi construído  no meio das arvores, a actualmente, natureza e obra do homem confundem-se. 
Este templo ao contrário do templo de Angkor Wat, esta voltado a Este, e foi construído em 1186, e e conhecido como mosteiro do rei, uma vez que a sua construção foi em honra da mãe do rei,  aqui a sensação que temos é que o templo foi engolido pela mãe natureza, as arvores tomaram conta do templo, e as próprias raízes das arvores sao  repteis que envolvem as pedras do templo. A estrutura do templo é bem diferente dos  anteriores templos, não existe muito mais níveis alem do térreo, o que com o crescimento das arvores em determinadas galerias actualmente impossibilita a sua passagem dentro templo.
Entrei no templo, buscando o local onde deveria deixar a peca, não era fácil a chover torrencialmente de galeria em galeria procura o local central de culto, apesar de ter a ajuda da bússola, não é fácil progredir por um templo em ruínas, onde muitas das vezes essa progressão e condicionada por lagos,ou por pedras que desmoronaram da estrutura. Também não há indicações tinha apenas um mapa completamente encharcado pela agua da chuva nos calções, que quando tentei abrir fiquei com metade na mão.
Dentro da mochila que trazia às costas as coisas não eram diferentes, tudo estava molhado. Não desisti e continuei a minha progressão dentro das galerias escuras do templo, por momentos pensei que estava numa aventura num labirinto, não fosse a entrada de uma excursão de turistas chineses com um guia, que acabou com toda a calma e mistério do templo por alguns momentos. 
Cheguei por fim a uma galeria que eu considerei central, pois alem de um Buda, onde era prestado o culto, tinha uma espécie de chaminé repleta de buracos dispostos uniformemente  ate ao topo,  esperei até ficar sozinho, tirei da bolsa que trazia a cintura o referido objecto,  e na primeira fileira de buracos voltada para Este, coloquei -o no orifício central da galeria.
Para chegar lá tive de me por em bicos de pés, estimo assim que o objecto deverá estar numa altura de cerca de 2,20m a 2,30 m.
Após ter cumprido a missão, aproveitei para apreciar aquele fenómeno da natureza, em forma de templo. 
Ainda fiquei mais 20 a 30 minutos e antes de vir embora passei pela galeria referida e ainda tive tempo para certificar que o objecto continuava lá.
Sai do templo agora com menos chuva, mas não a suficiente para tira o capuz do anorake.
Voltei para o perto do meu amigo Zuma que já me esperava com o seu capacete e oleado para seguirmos viagem ate ao próximo templo.
Ainda visitamos mais 2 templos até ao final do dia, mas não com o encanto do Angkor Wat ou do Ta phrom. 
Cheguei ao hotel cansado molhado que nem um pinto, mas com a sensação  de dever cumprido.
Resta agora saber se o meu objecto foi levantado ou não, e se o futuro visitante do templo de Ta phrom que acompanhou esta história/ ferias terá a curiosidade suficiente de encontrar um ficha/moeda ou uma concha do mar como sinal da missão cumprida. Agradeço aquém queria desvendar o fim desta história, que me avise, pois divulgarei informações mais precisas sobre o localização deste objecto. 
Nessa noite sai para jantar na zona do mercado nocturno, e decidi fazer uma  loucura, encomendei " frog" no churasco,  voltei a experimentar do Dr. Fish,  e bebi cerveja cabodjana, foi decididamente um dia e uma noite em bem passada, adorei o cabodja, recomendo 3 dias de estada, e espero um dia voltar a este sítio de templos perdidos.

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